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A corrupção

As sociedades debatem-se constantemente com a crise de valores, os favores políticos, a corrupção que está impressa nos serviços públicos. E essa crise não sendo nova, antes tem uma eterna história que acompanha o desenvolvimento das instituições mais ou menos democráticas, é hoje um paradigma da falta de crescimento e da pobreza dos Estados.
Efectivamente, a Grécia está em pior situação financeira que Portugal, e Portugal está em pior situação do que esteve a Irlanda, que rapidamente ultrapassou a barreira vermelha da ajuda externa. E a Grécia, mais uma vez, permanece com dificuldades internas, pese embora o novo governo ou os novos dados sobre os juros. 
Isto porque, independentemente das ideologias professadas pelos diferentes governos e pela opinião favorável ou não à austeridade, a verdade é que são as instituições nacionais que em primeira linha definem a capacidade e a facilidade dos países ultrapassarem momentos de crise. 
A Irlanda tem instituições públicas mais fortes, com maior capacidade de se ajustar à realidade, de manter níveis de justiça social e de obter financiamento, porque existe uma marca de credibilidade no factor económico "país". 
Já a Grécia, conhecida pelos elevados níveis de corrupção, de fraude fiscal, de má gestão dos serviços públicos, não beneficia desse mesmo crédito no mercado ou juntos dos outros parceiros, e essa desconfiança aumenta qualquer risco de investimento e abala a própria confiança dos seus cidadãos, que não podem ter grandes expectativas de melhoria de vida, se não confiam nas forças de segurança, na justiça ou no acesso público à saúde e educação, sem ter que corromper alguém.
Países com potencial de crescimento económico de níveis elevados, como o Brasil, que hoje está a ser palco de fortes contestações contra a política corrupta dos seus dirigentes, não poderá ascender a níveis de desenvolvimento social e humano, e de qualidade de vida universal, como são exemplo o Canadá, ou os países escandinavos, porque são as instituições corruptas e criam desigualdades de acesso a bens e serviços constitucionalmente universais.
Ora, a corrupção não é configurável como mais um crime económico de moderada gravidade. A corrupção generalizada nas instituições públicas, que não têm a capacidade de garantir segurança, justiça, igualdade e liberdade, é um dos principais factores de atraso de um país, um dos principais obstáculos a que cresça, enriqueça e produza.
Por isso, actua quase como um valor negativo transversal, com tal efeito sistémico que afecta o futuro do país, por afectar internamente a forma como se desenvolvem as relações dos cidadãos com o Estado e externamente, pela visibilidade internacional de um país corrupto.

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