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A greve dos médicos

Hoje e amanhã, dias 8 e 9 de julho decorrerá greve de Médicos, convocada pela FNAM (Federação Nacional De Médicos) e apoiada pela OM (Ordem dos Médicos). De referir que o SIM (Sindicato Independente dos Médicos) por seu lado não se juntou a esta convocatória, por pretender manter os processos negociais em curso com o Ministério.

Esta greve, segundo aquilo que se pode ler no pré-aviso de greve, publicado no site da FNAM, tem 16 objectivos/reivindicações que são variadas e que vão desde a organização da rede hospitalar publica ao projecto de um "codigo de etica" (projecto conhecido como "a lei da rolha"), passando também pelo ensino médico.

A reestruturação hospitalar já publicada e anunciada pelo governo consiste na classificação dos hospitais em vários graus, segundo a especialização pretenida nessa instituição. Esta medida leva obviamente ao encerramento e/ou relocalização de alguns serviços.

A segunda reinvindicação é anulação de um projecto "código de ética". Este projecto, também conhecido como lei da rolha, vai levar a que, entre outras coisas, os profissionais sejam impedidos de fazer comentários publicos sobre os serviços em que trabalham.

As alteraçoes previsiveis ao RIM (Regulamento Internato Médico) é outra das fontes de discordia. Neste caso é especialmente importante ter em conta que as alteraçoes previstas ao RIM podem criar novamente a figura do médico não especialista (actualmente tod
os os alunos que saem das faculdades apenas podem exercer depois de pelo menos 2 anos concluidos em um internato médico - o que faz com que a franja de médicos não especialistas seja baixa) e vão também alterar o metodo de avaliação da capacidade formativa dos diversos serviços - decisão essa que passará da OM para o MS (Ministério da Saúde). 

A FNAM mostra-se ainda contra o relatorio "integraçao dos cuidados de saude" do MS que aconselha a criação de um gestor de doente cronico, que será um profissional(nao necessariamente médico) de saude que seguirá esse doente mais de perto. Ora essa é, no intendimento do sindicato dos médicos, uma função que cabe aos médicos de familia desempenhar (e para a qual estão melhor preparados), e a contratação destes novos profissionais é contraditória com as limitações à contractação de médicos de familia actualmente existentes.

Algumas reinvidicações são ainda relacionadas com os acordos colectivos de trabalho e por fim a FNAM pretende a "anulação dos processos disciplinares contra dirigentes sindicais" apontando o caso de uma dirigente sindical de leiria despedida recentemente.

Estas são, em parte, as razões que levarão os médicos a fazer greve, razões que, independentemente de justificarem ou não a convocação da mesma, mereçem reflexão por parte de todos nós, já que irao definir como cada um de nós será atendido cada vez que recorrer a um hospital ou centro de saude.

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